Todos amam precisamente o que lhes falta. A escolha individual, que se funda nessas considerações meramente relativas, é bem mais determinada, mais decidida e mais exclusiva do que a escolha que se baseie em considerações absolutas; é desses aspectos relativos que vulgarmente nasce o amor de paixão, enquanto os amores comuns e passageiros só são guiados por considerações absolutas. Nem sempre é a beleza regular e perfeita que dá origem às grandes paixões. Para uma inclinação verdadeiramente apaixonada é necessária uma condição que só nos é possível descrever através de uma metáfora tirada à química. As duas pessoas devem neutralizar-se uma à outra, tal como um ácido e uma base alcalina num sal neutro.
Arthur Schopenhauer, in 'Metafísica do Amor
2 comments:
basicamente, a velha máxima dos opostos atrairem-se é válida! O que nos falta a um, procuramos no outro.
Será mmo assim? ou será que duas pessoas com o mmo feitio, tb não se darão bem? ou será que andam sempre ás turras?
Tens a receita? Bem que estava a precisar... Porque nem sequer foi preciso ler as palavras de Schopenhauer para chegar a essa bela conclusão! Quem queremos, não nos quer! Quem nos quer, não queremos! Como fazemos para nos anularmos mutuamente?? =(
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