(sem título)
"Eu quero fazer um elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje, incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia (...). Já ninguém aceita a paixão pura, as saudades sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.
A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do quem não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária."
O Amor é Fodido, MEC
4 comments:
Também transcrevi, na íntegra, este texto para o meu bloguito... há uns tempos...
O MEC nos bons velhos tempos...
Ai que coisa horr´vel!Que estado de espirito que a menina tem!
tenho pena...tenho pena... que não compreenda, sr. Anónimo!
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