Ginásios (III)

Já vos tinha contado que tinha voltado a ir ao ginásio, o que eu não vos tinha dito era que não metia lá o corpinho faz agora dois meses. Admito! Aquela merda era longe como tudo, já não tinha companhia, estacionar era um caos e o professor era uma melga que não lembra a ninguém. Por isso, resolvi ceder aos diversos pedido da Baton e ir ver o ginásio dela, o Clube Faia em Telheiras (a 3 minutos de minha casa), mas ela teve de se esforçar muito para me convencer:
“Ó Lolita! Aquilo tem instrutores giros e fica perto de tua casa!”
“Oh! Não sei... devem ser uns parvos de fato de treino!”
“Tá lá o Nuno Delegado”
“O quê? Quando? Ah? Ah? Vamos lá hoje???”

Fomos bem recebidas por um dos R.P do Clube e que quase me convenceu a fazer uma inscrição anual “por lhe ficar mais barata”, dizia ele. O qual, parece que tratei muito mal no inicio da conversa pois tive que apanhar com frases ao longo da visita guiada do tipo “esta sala combina consigo!”, “ela não me liga nenhuma”, “está a quebrar” (devia estar a referir-se ao mau feitio), “não faço isto a muitos clientes” e “amanhã se não aparecer ligo-lhe para o telemóvel”, ou “este telemóvel é mesmo dela?”.

Enfim, ele que me desculpe, mas não tenho muita paciência quando me tentam vender uma coisa que à partida já está comprada. Não precisava de visita nenhuma para ele me convencer a fazer a inscrição, não precisava de ouvir mil vezes que as máquinas eram únicas no país e que estavam patenteadas e que eram em libras, que o Pilatos é o original, ou que tenho uma sala cor de laranja para relaxar e pensar na vida, bastava apresentar-me os preços e dizer: “pode começar já!”.

Sou uma rapariga prática. Daí a frase: "Eu até podia fazer musculação nas mesmas máquinas onde faz o Tarzan Taborda, que me era indiferente, desde que funcionem... agora se são em libras ou quilos, isso é-me igual..."